O câncer de pênis é uma condição em que células anormais se formam e se multiplicam no tecido peniano. Esse tipo de tumor pode se originar tanto nas células da pele quanto nas células mucosas do pênis.
É mais comum em homens com idades entre 40 e 60 anos e tende a ser mais frequente em comunidades com baixo nível socioeconômico, especialmente em países em desenvolvimento, como algumas regiões do Brasil. Essa maior incidência está relacionada aos fatores de risco associados à falta de higiene adequada do órgão sexual masculino.
Entender os fatores de risco é fundamental para prevenir e detectar precocemente o câncer de pênis. Confira os principais:
Fimose
A fimose, que impede a retração total do prepúcio sobre a glande, é um dos principais fatores de risco. Ela pode resultar no acúmulo de secreções e dificultar a higiene adequada, criando um ambiente favorável ao surgimento de lesões que, com o tempo, podem evoluir para o câncer.
Higiene inadequada
A falta de higiene adequada também aumenta o risco, pois a limpeza deficiente favorece o acúmulo de bactérias e causa infecções. Isso pode levar ao aparecimento de feridas persistentes, que podem se transformar em câncer de pênis.
Infecções
A infecção pelos tipos de HPV de alto risco é outro fator relevante. Esse vírus pode provocar alterações nas células do pênis, tornando-as mais propensas a desenvolver lesões cancerígenas. A vacinação contra o HPV, especialmente em idades mais jovens, é uma medida eficaz para prevenir tanto a infecção quanto o risco de câncer subsequente.
Sintomas do câncer de pênis
O câncer de pênis geralmente se manifesta como uma lesão cutânea verrucosa, plana ou ulcerada na região genital. No entanto, os sintomas podem variar, sendo essencial observar qualquer alteração persistente no órgão genital masculino.
Entre os sintomas comuns associados ao câncer de pênis estão:
É importante destacar que a presença de um ou mais desses sintomas não significa, necessariamente, que o diagnóstico seja câncer de pênis. No entanto, a persistência ou piora de qualquer sintoma deve levar a uma avaliação médica imediata.
Diagnóstico do câncer de pênis
O diagnóstico do câncer de pênis é realizado por meio de uma avaliação clínica detalhada, exames laboratoriais e de imagem. Inicialmente, o médico realiza um exame físico do pênis e da região das virilhas.
Se houver suspeita de câncer, é feita uma biópsia, onde uma pequena amostra de tecido é retirada do pênis para análise microscópica. Esse exame ajuda a determinar o tipo e o grau de diferenciação celular.
Além da biópsia, exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), podem ser utilizados para verificar a extensão do câncer, a presença de metástases e a possível invasão de estruturas adjacentes. O uso de antibióticos, por até seis semanas, pode ajudar a diferenciar linfonodos inflamados de linfonodos infiltrados pelo tumor. Os tumores de pênis podem ser classificados como de baixo risco (menos agressivos) ou alto risco (mais agressivos).
Prevenção do câncer de pênis
A prevenção do câncer de pênis pode ser alcançada por meio de cuidados simples, essenciais para a saúde geral. Algumas medidas incluem:
Manter bons hábitos de higiene: limpar o pênis com água e sabão diariamente e após relações sexuais ou masturbação (principalmente sem preservativo) ajuda a prevenir o câncer. Além disso, é importante secar bem a região após a lavagem. Esses cuidados devem ser ensinados desde a infância.
Operar a fimose: a circuncisão, ou remoção do prepúcio, é uma forma eficaz de prevenção. Homens circuncidados têm menor risco de desenvolver câncer de pênis. O procedimento é simples, frequentemente realizado em bebês, mas pode ser feito em adultos também.
Usar preservativo: o preservativo é essencial para prevenir doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV, que está relacionado ao câncer de pênis. O sexo sem proteção com múltiplos parceiros aumenta o risco de infecção e, consequentemente, de câncer.
Parar de fumar: fumar aumenta o risco de câncer de pênis, pois os produtos químicos do tabaco danificam o DNA das células penianas, facilitando o desenvolvimento do câncer. Fumantes com infecções por HPV têm ainda mais chances de desenvolver a doença.
Tratamento
O tratamento do câncer de pênis é, em sua maioria, cirúrgico. Lesões pequenas e superficiais podem ser tratadas com ressecções locais ou terapias ablativas, como laser ou eletrocoagulação. No entanto, em casos mais graves, a ressecção com uma boa margem de segurança é necessária, visando a preservação da função sexual, sempre que possível.
O câncer de pênis é um dos mais evitáveis, pois a prevenção depende principalmente do cuidado com a saúde. O mais importante é que os homens se conscientizem da necessidade de cuidar de si mesmos para evitar a doença.
Visite o urologista regularmente.
Rua Flamingos, 1355
Arapongas, Paraná.
(43) 98831 - 9787
Medicina | Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Residência Medica de Cirurgia Geral e Urologia | UEL
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia
Preceptor da Residência Medica em Urologia do Hospital Norte Paranaense (HONPAR).